Apóstolos

Apóstolos
A Última Ceia, Pintura em Tela à óleo

domingo, 19 de julho de 2015

Paulo levou praticamente 17 anos para ter o seu ministério apostólico reconhecido

Quando leio a epístola aos Gálatas, descubro que Paulo levou praticamente 17 anos para ter o seu ministério apostólico reconhecido pelos demais apóstolos. Hoje o "famoso" se converte e no dia seguinte já está sendo aclamado Brasil afora como o suprassumo evangélico sem sequer passar por um discipulado consistente. Aí não tem jeito: resulta nessa "esquizofrenia" que está se tornando cada vez mais assustadora em nosso meio. Geremias Couto

domingo, 12 de julho de 2015

E o Apóstolo Paulo? As marcas do seu apostolado - Sofrimento pelo evangelho - Livro Apóstolos

Sofrimento pelo Evangelho

"pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome" (At. 9.16)   

   Este ponto é interessante, pois mostra algo que torna muito diferente o Apostolo Paulo e os "apóstolos" modernos. Sofrer por Cristo? Mas não seria o contrário? Ou seja, viver nesta terra desfrutando do bom e do melhor com carro importado, muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender e ainda ir para o céu? Diriam os adeptos da teologia da prosperidade, aqueles que associam as benção de Deus somente a esta vida.
  Mas a vida e morte de Paulo mostram algo bem diferente dos adeptos dessa visão "míope" com um grau bastante elevado.Sendo ele o Apóstolo dos gentios deveria servir de exemplo a todos que hoje querem o mesmo título. 
  Paulo se impôs uma vida de humilhação e modéstia, para não roubar, de alguma forma, a gloria de Jesus:

- Evitava a ostentação de linguagem na pregação (1Co 2.1-5), para que que pessoas não se agregassem à igreja impressionadas por seus talentos e carismas, e sim pela fé em Jesus Cristo (1Co 2.5);

- Em diversas ocasiões passou fome, sede e nudez, foi esbofeteado e não tinha moradia certa ou casa própria (1Co 4.11);

- Trabalhava até à exaustão com as próprias mãos para garantir seu sustento (1Co 4.12);

- Era perseguido, injuriado, caluniado e considerado a escória do mundo, mas não respondia nem revidava a nenhuma destas provocações (1Co 4.13);

- Ele pregava e evangelizava nas igrejas sem nada pedir e nada receber, para não colocar empecilho ao Evangelho de Cristo (1Co 9.15.18), pois seu alvo era ganhar o maior número possível de pessoas;

Muitos  achavam que que ele não tinha o direito de receber o sustento das igrejas e nem de se fazer acompanhar de uma esposa nos trabalhos intensos e cansativos. Por isso, ele trabalhava para se sustentar e se recusava a receber salário, ofertas e contribuições das igrejas, quando tal coisa pudesse lançar dúvida sobre suas intenções (1Co 9.1-12);

- Evitava batizar muita gente, para que não se formassem seguidores em torno do seu nome (1Co 1.14-17).

E acredite a lista poderia ser ainda maior se fossem descritos todos os sofrimentos que Paulo teve pelo evangelho.

Alguma semelhança com os "apóstolos" modernos? Na grande maioria (para não dizer todos), só vejo diferenças...Pregam a teologia da prosperidade e não a teologia da cruz.  

  Ser apóstolo hoje é simbolo de status em algumas igrejas, como uma classe especial de crente, justamente o que Paulo evitava. Duvido que a maioria queira trabalhar até à exaustão com as próprias mãos para garantir seu sustento, ou passar fome, sede, nudez ser esbofeteado e não ter moradia certa ou casa própria. Se o exemplo é Paulo que vivam então como Paulo viveu. Só para ficar registrado segundo a tradição Paulo termina sua vida martirizado.

  Existe uma relação inseparável entre o apostolado e o sofrimento, os Apóstolos foram levantados para lanças os fundamentos da igreja em meio a uma vida de sofrimento que era compatível com os sofrimentos de seu Mestre Jesus Cristo. 

  No próximo post: "E o Apóstolo Paulo? Características exclusivas de Paulo - Apóstolo dos Gentios - Livro Apóstolos"

Texto baseado/retirado no livro: Apóstolos - Verdade bíblica sobre o assunto de Augustus Nicodemus Lopes.