Os apóstolos de Cristo segundo a bíblia. Quem foram os 12 e Paulo e qual o contexto da missão deixada por Jesus Cristo? Responder esta pergunta ajudará a entender se existiram apóstolos após eles e se ainda existem hoje.
Apóstolos

A Última Ceia, Pintura em Tela à óleo
domingo, 19 de julho de 2015
Paulo levou praticamente 17 anos para ter o seu ministério apostólico reconhecido
Quando leio a epístola aos Gálatas, descubro que Paulo levou praticamente 17 anos para ter o seu ministério apostólico reconhecido pelos demais apóstolos. Hoje o "famoso" se converte e no dia seguinte já está sendo aclamado Brasil afora como o suprassumo evangélico sem sequer passar por um discipulado consistente. Aí não tem jeito: resulta nessa "esquizofrenia" que está se tornando cada vez mais assustadora em nosso meio. Geremias Couto
domingo, 12 de julho de 2015
E o Apóstolo Paulo? As marcas do seu apostolado - Sofrimento pelo evangelho - Livro Apóstolos
Sofrimento pelo Evangelho
"pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome" (At. 9.16)
Este ponto é interessante, pois mostra algo que torna muito diferente o Apostolo Paulo e os "apóstolos" modernos. Sofrer por Cristo? Mas não seria o contrário? Ou seja, viver nesta terra desfrutando do bom e do melhor com carro importado, muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender e ainda ir para o céu? Diriam os adeptos da teologia da prosperidade, aqueles que associam as benção de Deus somente a esta vida.
Mas a vida e morte de Paulo mostram algo bem diferente dos adeptos dessa visão "míope" com um grau bastante elevado.Sendo ele o Apóstolo dos gentios deveria servir de exemplo a todos que hoje querem o mesmo título.
Paulo se impôs uma vida de humilhação e modéstia, para não roubar, de alguma forma, a gloria de Jesus:
- Evitava a ostentação de linguagem na pregação (1Co 2.1-5), para que que pessoas não se agregassem à igreja impressionadas por seus talentos e carismas, e sim pela fé em Jesus Cristo (1Co 2.5);
- Em diversas ocasiões passou fome, sede e nudez, foi esbofeteado e não tinha moradia certa ou casa própria (1Co 4.11);
- Trabalhava até à exaustão com as próprias mãos para garantir seu sustento (1Co 4.12);
- Era perseguido, injuriado, caluniado e considerado a escória do mundo, mas não respondia nem revidava a nenhuma destas provocações (1Co 4.13);
- Ele pregava e evangelizava nas igrejas sem nada pedir e nada receber, para não colocar empecilho ao Evangelho de Cristo (1Co 9.15.18), pois seu alvo era ganhar o maior número possível de pessoas;
- Muitos achavam que que ele não tinha o direito de receber o sustento das igrejas e nem de se fazer acompanhar de uma esposa nos trabalhos intensos e cansativos. Por isso, ele trabalhava para se sustentar e se recusava a receber salário, ofertas e contribuições das igrejas, quando tal coisa pudesse lançar dúvida sobre suas intenções (1Co 9.1-12);
- Evitava batizar muita gente, para que não se formassem seguidores em torno do seu nome (1Co 1.14-17).
E acredite a lista poderia ser ainda maior se fossem descritos todos os sofrimentos que Paulo teve pelo evangelho.
Alguma semelhança com os "apóstolos" modernos? Na grande maioria (para não dizer todos), só vejo diferenças...Pregam a teologia da prosperidade e não a teologia da cruz.
Ser apóstolo hoje é simbolo de status em algumas igrejas, como uma classe especial de crente, justamente o que Paulo evitava. Duvido que a maioria queira trabalhar até à exaustão com as próprias mãos para garantir seu sustento, ou passar fome, sede, nudez ser esbofeteado e não ter moradia certa ou casa própria. Se o exemplo é Paulo que vivam então como Paulo viveu. Só para ficar registrado segundo a tradição Paulo termina sua vida martirizado.
Existe uma relação inseparável entre o apostolado e o sofrimento, os Apóstolos foram levantados para lanças os fundamentos da igreja em meio a uma vida de sofrimento que era compatível com os sofrimentos de seu Mestre Jesus Cristo.
No próximo post: "E o Apóstolo Paulo? Características exclusivas de Paulo - Apóstolo dos Gentios - Livro Apóstolos"
"pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome" (At. 9.16)
Este ponto é interessante, pois mostra algo que torna muito diferente o Apostolo Paulo e os "apóstolos" modernos. Sofrer por Cristo? Mas não seria o contrário? Ou seja, viver nesta terra desfrutando do bom e do melhor com carro importado, muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender e ainda ir para o céu? Diriam os adeptos da teologia da prosperidade, aqueles que associam as benção de Deus somente a esta vida.
Mas a vida e morte de Paulo mostram algo bem diferente dos adeptos dessa visão "míope" com um grau bastante elevado.Sendo ele o Apóstolo dos gentios deveria servir de exemplo a todos que hoje querem o mesmo título.
Paulo se impôs uma vida de humilhação e modéstia, para não roubar, de alguma forma, a gloria de Jesus:
- Evitava a ostentação de linguagem na pregação (1Co 2.1-5), para que que pessoas não se agregassem à igreja impressionadas por seus talentos e carismas, e sim pela fé em Jesus Cristo (1Co 2.5);
- Em diversas ocasiões passou fome, sede e nudez, foi esbofeteado e não tinha moradia certa ou casa própria (1Co 4.11);
- Trabalhava até à exaustão com as próprias mãos para garantir seu sustento (1Co 4.12);
- Era perseguido, injuriado, caluniado e considerado a escória do mundo, mas não respondia nem revidava a nenhuma destas provocações (1Co 4.13);
- Ele pregava e evangelizava nas igrejas sem nada pedir e nada receber, para não colocar empecilho ao Evangelho de Cristo (1Co 9.15.18), pois seu alvo era ganhar o maior número possível de pessoas;
- Muitos achavam que que ele não tinha o direito de receber o sustento das igrejas e nem de se fazer acompanhar de uma esposa nos trabalhos intensos e cansativos. Por isso, ele trabalhava para se sustentar e se recusava a receber salário, ofertas e contribuições das igrejas, quando tal coisa pudesse lançar dúvida sobre suas intenções (1Co 9.1-12);
- Evitava batizar muita gente, para que não se formassem seguidores em torno do seu nome (1Co 1.14-17).
E acredite a lista poderia ser ainda maior se fossem descritos todos os sofrimentos que Paulo teve pelo evangelho.
Alguma semelhança com os "apóstolos" modernos? Na grande maioria (para não dizer todos), só vejo diferenças...Pregam a teologia da prosperidade e não a teologia da cruz.
Ser apóstolo hoje é simbolo de status em algumas igrejas, como uma classe especial de crente, justamente o que Paulo evitava. Duvido que a maioria queira trabalhar até à exaustão com as próprias mãos para garantir seu sustento, ou passar fome, sede, nudez ser esbofeteado e não ter moradia certa ou casa própria. Se o exemplo é Paulo que vivam então como Paulo viveu. Só para ficar registrado segundo a tradição Paulo termina sua vida martirizado.
Existe uma relação inseparável entre o apostolado e o sofrimento, os Apóstolos foram levantados para lanças os fundamentos da igreja em meio a uma vida de sofrimento que era compatível com os sofrimentos de seu Mestre Jesus Cristo.
No próximo post: "E o Apóstolo Paulo? Características exclusivas de Paulo - Apóstolo dos Gentios - Livro Apóstolos"
Texto baseado/retirado no livro: Apóstolos - Verdade bíblica sobre o assunto de Augustus Nicodemus Lopes.
domingo, 14 de junho de 2015
O dia em que o apóstolo Paulo não curou um enfermo
TODAS as enfermidades devem ser curadas mediante a ordem ou determinação do profeta?
http://renatovargens.blogspot.com.br/2015/04/o-dia-em-que-o-apostolo-paulo-nao-curou.html
http://renatovargens.blogspot.com.br/2015/04/o-dia-em-que-o-apostolo-paulo-nao-curou.html
domingo, 17 de maio de 2015
E o Apóstolo Paulo? As marcas do seu apostolado - Comissionado diretamente pelo Senhor - Livro Apóstolos
Comissionado diretamente pelo Senhor
"Apóstolos, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos" (Gl 1.1; cf. 1.11-12)
A segunda marca do apostolado de Paulo é o comissionamento direto que ele recebeu do Cristo ressurreto. Este comissionamento parece ter sido dado através de Ananias que foi mandado por Jesus em uma visão (e não em uma aparição) ao encontro de Saulo, que estava cego, em oração e jejum, já por três dias, na casa de Judas, na rua Direita em Damasco. Ao aparecer a Ananias, que ainda estava relutando em se aproximar do perseguidor Saulo, Jesus lhe diz: "Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome..."(At 9.15).
Ananias, por sua vez, ao encontrar-se com Saulo lhe diz: "O Deus de nosso pais, de antemão, te escolheu para conhecerdes a sua vontade, veres o Justo e ouvirdes uma voz da sua própria boca..." (At 22.14).
Como, para Paulo, se tratou de de uma chamada do próprio Cristo, mesmo que mediante Ananias, ele não teve dificuldade em atribuir sua chamada diretamente ao Cristo ressurreto, ao apresentar um relato condensado dos fatos em sua defesa, perante Agripa (At. 26).
À semelhança dos doze, Paulo viu a Cristo depois da ressurreição e foi comissionado diretamente por ele para ser testemunha deste fato. O evento de Damasco foi, ao mesmo tempo, a conversão e a chamada apostólica de Paulo. Ele é apóstolo tanto quanto os doze o forame tem as mesmas credenciais que ele tem. Seu chamado tardio e posterior aos doze se deveu às demandas crescentes da missão gentílica, como veremos mais adiante.
Veja este trecho de um filme sobre Paulo de sua defesa perante Agripa:
E o Apóstolo Paulo? As marcas do seu apostolado - Sofrimento pelo evangelho - Livro Apóstolos
"Apóstolos, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos" (Gl 1.1; cf. 1.11-12)
A segunda marca do apostolado de Paulo é o comissionamento direto que ele recebeu do Cristo ressurreto. Este comissionamento parece ter sido dado através de Ananias que foi mandado por Jesus em uma visão (e não em uma aparição) ao encontro de Saulo, que estava cego, em oração e jejum, já por três dias, na casa de Judas, na rua Direita em Damasco. Ao aparecer a Ananias, que ainda estava relutando em se aproximar do perseguidor Saulo, Jesus lhe diz: "Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome..."(At 9.15).
Ananias, por sua vez, ao encontrar-se com Saulo lhe diz: "O Deus de nosso pais, de antemão, te escolheu para conhecerdes a sua vontade, veres o Justo e ouvirdes uma voz da sua própria boca..." (At 22.14).
Como, para Paulo, se tratou de de uma chamada do próprio Cristo, mesmo que mediante Ananias, ele não teve dificuldade em atribuir sua chamada diretamente ao Cristo ressurreto, ao apresentar um relato condensado dos fatos em sua defesa, perante Agripa (At. 26).
À semelhança dos doze, Paulo viu a Cristo depois da ressurreição e foi comissionado diretamente por ele para ser testemunha deste fato. O evento de Damasco foi, ao mesmo tempo, a conversão e a chamada apostólica de Paulo. Ele é apóstolo tanto quanto os doze o forame tem as mesmas credenciais que ele tem. Seu chamado tardio e posterior aos doze se deveu às demandas crescentes da missão gentílica, como veremos mais adiante.
Veja este trecho de um filme sobre Paulo de sua defesa perante Agripa:
E o Apóstolo Paulo? As marcas do seu apostolado - Sofrimento pelo evangelho - Livro Apóstolos
Texto baseado/retirado no livro: Apóstolos - Verdade bíblica sobre o assunto de Augustus Nicodemus Lopes.
sábado, 16 de maio de 2015
E o Apóstolo Paulo? As marcas do seu apostolado - Testemunha da ressurreição de Cristo - Livro Apóstolos
"Ele apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo (1Co 15.5-8)"
Paulo é certamente o apóstolo que mais influenciou igreja cristã. Suas cartas representam quase a metade dos livros canônicos do Novo Testamento. O testemunho que o livro de Atos nos dá de sua conversão, sua chamada, seus labores e sofrimentos pelo Evangelho de Cristo o estabelece como o maior missionário cristão da Igreja nascente.
A primeira e mais importante das questões que envolvem o ministério de Paulo é o que o seu apostolado representa diante do grupo original dos doze apóstolos de Jesus Cristo.
Alguns defensores do ofício apostólico para hoje argumentam que os doze eram um grupo inicial e único de apóstolos. Paulo, por sua vez, representava a "segunda geração" de apóstolos. Apesar de Paulo não estar entre os doze, ele está em uma categoria semelhante a deles como será demonstrado nos textos que se seguem.
Como o apostolado de Paulo é rico em diversos aspectos, serão apresentadas algumas características para demonstrar que, apesar de posterior aos doze, em nada ficava distante ou descolado deles como uma "segunda onda" de apostolado.
As marcas do seu apostolado: Testemunha da ressurreição de Cristo
"Ele apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo (1Co 15.5-8)"
O primeiro ponto é que Paulo viu o Cristo ressurreto e tornou-se, assim, testemunha de sua ressurreição, mesma experiência vivida pelos 12. Nos relatos de Atos, a aparição de Jesus no caminho de Damasco é descrita como uma luz do céu mais brilhante que o próprio sol. O detalhe de que isso ocorreu cerca do meio-dia acentua a intensidade do brilho (At 22.6; 26.13). Paulo viu Cristo depois de sua ascensão, e a razão provável que ele tenha visto como o brilho intenso é que o corpo de Jesus foi glorificado, e sua aparência não poderia ser percebida pelos mortais senão desta forma, tal a glória que foi revestido. Talvez o que mais se assemelhe a esta aparição no caminho de Damasco seja a visão que o apóstolo João teve mais tarde do Cristo glorificado em Apocalipse (Ap 1.16) "O seu rosto brilhava como o sol na sua força". Paulo coloca este avistamento de Cristo no mesmo nível dos demais antes dele (cf 1Co 15.1-8).
Aparição x Visão
Aqui é importante fazer uma importante distinção entre uma aparição do Cristo ressurreto e uma visão em que Jesus aparece. O que ocorreu no caminho de Damasco, com Paulo, foi uma aparição do Cristo ressurreto. Depois disso, Paulo teve diversas visões em que Jesus lhe apareceu: ele "viu" um homem que o haveria de curar da cegueira (At 9.12), O Senhor lhe apareceu para confortar e animar (At 18.9), mais tarde em Jerusalém (At. 22.17-18) e se refere ainda às visões e revelações do Senhor (2Co 12.1).
A diferença principal, parece, é que, enquanto uma visão é subjetiva e ocorre inteiramente na mente do indivíduo, a aparição é objetiva, ela está lá diante do indivíduo e poderia inclusive ser vista por outras pessoas, ao contrário de uma visão. No relato de Lucas (At. 9.7) os companheiros de Paulo ouviram a voz que falava com Paulo e todos caíram por terra, embora não entendessem o sentido da voz (At 22.9; 26.14).
Pouca dúvida podemos ter de que, segundo os relatos, tratou-se de uma aparição pessoal de Jesus com seu corpo ressurreto e glorificado. Se fosse penas uma visão, como um sonho, isso não qualificaria Paulo como apóstolo. A maioria dos apóstolos modernos reivindica uma chamada feita por Cristo mediante uma visão, o que nem de perto se compara ao chamado de Paulo.
Texto baseado no livro: Apóstolos - Verdade bíblica sobre o assunto de Augustus Nicodemus Lopes.
Paulo é certamente o apóstolo que mais influenciou igreja cristã. Suas cartas representam quase a metade dos livros canônicos do Novo Testamento. O testemunho que o livro de Atos nos dá de sua conversão, sua chamada, seus labores e sofrimentos pelo Evangelho de Cristo o estabelece como o maior missionário cristão da Igreja nascente.
A primeira e mais importante das questões que envolvem o ministério de Paulo é o que o seu apostolado representa diante do grupo original dos doze apóstolos de Jesus Cristo.
Alguns defensores do ofício apostólico para hoje argumentam que os doze eram um grupo inicial e único de apóstolos. Paulo, por sua vez, representava a "segunda geração" de apóstolos. Apesar de Paulo não estar entre os doze, ele está em uma categoria semelhante a deles como será demonstrado nos textos que se seguem.
Como o apostolado de Paulo é rico em diversos aspectos, serão apresentadas algumas características para demonstrar que, apesar de posterior aos doze, em nada ficava distante ou descolado deles como uma "segunda onda" de apostolado.
As marcas do seu apostolado: Testemunha da ressurreição de Cristo
"Ele apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo (1Co 15.5-8)"
O primeiro ponto é que Paulo viu o Cristo ressurreto e tornou-se, assim, testemunha de sua ressurreição, mesma experiência vivida pelos 12. Nos relatos de Atos, a aparição de Jesus no caminho de Damasco é descrita como uma luz do céu mais brilhante que o próprio sol. O detalhe de que isso ocorreu cerca do meio-dia acentua a intensidade do brilho (At 22.6; 26.13). Paulo viu Cristo depois de sua ascensão, e a razão provável que ele tenha visto como o brilho intenso é que o corpo de Jesus foi glorificado, e sua aparência não poderia ser percebida pelos mortais senão desta forma, tal a glória que foi revestido. Talvez o que mais se assemelhe a esta aparição no caminho de Damasco seja a visão que o apóstolo João teve mais tarde do Cristo glorificado em Apocalipse (Ap 1.16) "O seu rosto brilhava como o sol na sua força". Paulo coloca este avistamento de Cristo no mesmo nível dos demais antes dele (cf 1Co 15.1-8).
Aparição x Visão
Aqui é importante fazer uma importante distinção entre uma aparição do Cristo ressurreto e uma visão em que Jesus aparece. O que ocorreu no caminho de Damasco, com Paulo, foi uma aparição do Cristo ressurreto. Depois disso, Paulo teve diversas visões em que Jesus lhe apareceu: ele "viu" um homem que o haveria de curar da cegueira (At 9.12), O Senhor lhe apareceu para confortar e animar (At 18.9), mais tarde em Jerusalém (At. 22.17-18) e se refere ainda às visões e revelações do Senhor (2Co 12.1).
A diferença principal, parece, é que, enquanto uma visão é subjetiva e ocorre inteiramente na mente do indivíduo, a aparição é objetiva, ela está lá diante do indivíduo e poderia inclusive ser vista por outras pessoas, ao contrário de uma visão. No relato de Lucas (At. 9.7) os companheiros de Paulo ouviram a voz que falava com Paulo e todos caíram por terra, embora não entendessem o sentido da voz (At 22.9; 26.14).
Pouca dúvida podemos ter de que, segundo os relatos, tratou-se de uma aparição pessoal de Jesus com seu corpo ressurreto e glorificado. Se fosse penas uma visão, como um sonho, isso não qualificaria Paulo como apóstolo. A maioria dos apóstolos modernos reivindica uma chamada feita por Cristo mediante uma visão, o que nem de perto se compara ao chamado de Paulo.
A seguir: E o Apóstolo Paulo? As marcas do seu apostolado - Comissionado diretamente pelo Senhor - Livro Apóstolos
Por que as características apresentadas até agora são importantes nos dias de hoje?
Apóstolos: Seria este um ofício legítimo nos dias de hoje?
São importantes, pois em nosso dias, e no contexto brasileiro, cresce o número daqueles que se denominam “apóstolos”. Seria este um ofício legítimo nos dias de hoje? Alguém pode trazer para si essa missão no mesmo contexto e característica daqueles que andaram com Jesus? Nos textos até então apresentados, e firmados nas Sagradas Escrituras, é difícil acreditar que ainda existam apóstolos por ai na mesma missão que os 12, pois deveriam ter as mesmas características da missão dada por Jesus. Algumas frases que são ditas por aqueles que acham-se apóstolos nos dias de hoje:
São importantes, pois em nosso dias, e no contexto brasileiro, cresce o número daqueles que se denominam “apóstolos”. Seria este um ofício legítimo nos dias de hoje? Alguém pode trazer para si essa missão no mesmo contexto e característica daqueles que andaram com Jesus? Nos textos até então apresentados, e firmados nas Sagradas Escrituras, é difícil acreditar que ainda existam apóstolos por ai na mesma missão que os 12, pois deveriam ter as mesmas características da missão dada por Jesus. Algumas frases que são ditas por aqueles que acham-se apóstolos nos dias de hoje:
“Fui enviado por Deus, logo posso (em muitos casos devo) ser chamado de apóstolo!”
Ser chamado de apóstolos somente por ser um enviado (seja por quem for) é diminuir o contexto em que esta palavra foi utilizada por Jesus (veja Apóstolos: Apóstolo é um enviado?).
“Jesus não estabeleceu somente 12, ficando em aberto a nomeação de novos apóstolos!”
Não parece o que a bíblia nos diz (vejamos o caso de Paulo depois), mas os doze representaram o novo Israel, sendo a contraparte dos doze patriarcas da nação, representado pelas doze tribos de Israel. Relação clara e direta com a nova aliança feita em Jesus, veja a importância no fato de que o Senhor diante dos 12 estabelece a nova aliança, em contraste com a antiga feita com Israel, estabelece o sacramento da Ceia em substituição à Páscoa. (veja Apóstolos: Porque a escolha do número 12 para os Apóstolos?).
“Sinto um chamado para ser apóstolo, essa é minha missão!”
A missão dos 12 foi bem clara e dividiu-se entre antes e depois da ressurreição de Jesus. Antes, a missão em muito se assemelha ao papel dos antigos profetas de Israel, que eram enviados por Deus para falar ao povo das cidades dos reinos do Norte e do Sul. Eles deveriam evitar as regiões habitadas por gentios e samaritanos (veja aqui Apóstolos:Qual foi a missão dos 12 antes da ressurreição de Jesus?). Após, ser testemunhas da ressurreição, lançar os fundamentos da igreja, fornecer os escritos apostólicos, levar o evangelho com sinais e prodígios e concessão do Espírito Santo aos samaritanos, gentios e seguidores de João Batista. (veja Apóstolos: Qual foi a missão dos 12depois da ressurreição de Jesus?)
Alguém hoje pode dizer que sua missão está no mesmo porte dos antigos profetas de Israel? Foi dado o estabelecimento da nova aliança pela Santa Ceia? Foi testemunha da ressurreição de Jesus? Foi chamado para lançar os fundamentos da igreja? Forneceu por acaso os escritos apostólicos? Foi concedido os mesmos sinais e prodígios feitos pelos apóstolos no mesmo contexto desses?
Não! Não! Não! Não para todas as perguntas. Por que alguém faz isso hoje em dia? As razões podem ser muitas: vaidade, orgulho, obter lucro...
Segue uma frase do PastorRento Vargens que resume bem esta situação:
“Uma pessoa que se auto-intitula apóstolo de duas uma: ou é um apedeuta que desconhece as Escrituras ou é um mal-caráter. (Renato Vargens)”
A seguir: E Paulo?
Qual foi a missão dos 12 depois da ressurreição de Jesus? - Livro Apóstolos
"Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, Até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera;" (Atos 1.1.2)
Após sua ressurreição, Jesus ampliou o escopo da missão dos doze. Eles agora deveriam ir ao mundo todo, começando de Jerusalém até os confins da terra, como testemunhas de sua ressurreição, para fazer discípulos, pregando o arrependimento de pecados a todas as nações, batizando os que cressem e ensinando-os a guardar tudo o que Jesus lhes havia dito. Como havia feito antes, o Senhor lhes confere autoridade e poder espirituais dando-lhes instruções (cf Mt 28.18-20; Mc 16.14-18; Lc 24.44-49). O livro de Atos registra que estas instruções foram dadas pelo Cristo ressurreto como mandamento aos apóstolos por intermédio do Espírito Santo, antes de sua ascensão (At 1.2-3). Examinemos, então, estes componentes da missão apostólica pós-páscoa.
Após sua ressurreição, Jesus ampliou o escopo da missão dos doze. Eles agora deveriam ir ao mundo todo, começando de Jerusalém até os confins da terra, como testemunhas de sua ressurreição, para fazer discípulos, pregando o arrependimento de pecados a todas as nações, batizando os que cressem e ensinando-os a guardar tudo o que Jesus lhes havia dito. Como havia feito antes, o Senhor lhes confere autoridade e poder espirituais dando-lhes instruções (cf Mt 28.18-20; Mc 16.14-18; Lc 24.44-49). O livro de Atos registra que estas instruções foram dadas pelo Cristo ressurreto como mandamento aos apóstolos por intermédio do Espírito Santo, antes de sua ascensão (At 1.2-3). Examinemos, então, estes componentes da missão apostólica pós-páscoa.
Testemunhas da ressurreição.
Este é um importante aspecto do ministério apostólico. Ter visto Jesus depois dele ter ressuscitado, tornou-se umas das mais distintas marcas dos doze e posteriormente de Paulo.
Quando Pedro e os demais se viram na necessidade de encontrar um substituto para Judas, enquanto aguardavam no cenáculo a chegada do Espírito Santo, determinaram dois critérios para a escolha, a saber, que acompanharam os doze desde o batismo de João até a ascensão, e que tivesse visto o Cristo ressurreto, para poder ser testemunha (At 1.21-22). Este requerimento, de ter visto Jesus após a ressurreição, estava implícito na determinação de Jesus aos doze, “recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas...” (At 1.8).
Os fundamentos da Igreja.
O fundamento citado em Efésios 2.20 “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas” se refere ao estabelecimento comprovado, pela autoridade apostólica, das verdades centrais da Igreja cristã. Coube aos apóstolos lançar estes fundamentos pela pregação, estabelecimento de igrejas e ordenação de presbíteros para edificarem sobre o fundamento por eles estabelecido. É assim que Paulo descreve seu ministério na primeira carta aos Coríntios: “...lancei o fundamento...e outro edifica sobre ele...” (1Co 3.10-11). O ensino dos apóstolos depois de Pentecostes é denominado de “doutrina dos apóstolos”, na qual a igreja perseverava (At 2.42).
Os escritos apostólicos.
Os Evangelhos foram escritos pelos apóstolos ou por alguém associado a eles, a partir do testemunho deles, como é o caso de Marcos – considerado o evangelho de Pedro – e o de Lucas, baseado no testemunho apostólico, entre outros. No prólogo do seu Evangelho, Lucas menciona a transmissão dos fatos ocorridos entre eles por parte daqueles que “desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lc 1.1-2), uma referência clara aos doze, que seriam os únicos a se encaixar na descrição dos que testemunharam tudo desde o princípio”.
Sinais e Prodígios.
De acordo com Atos, muitos sinais eram operados pelos apóstolos “Muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos “ (At 2.43); “muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos” (At 5.12). Estes sinais eram a comprovação de Deus quanto à veracidade do testemunho apostólico da ressurreição. O autor de Hebreus parece ter tido este mesmo entendimento ao fazer referência aos sinais e prodígios que acompanharam a pregação dos apóstolos: “...dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuição do Espírito Santo, segundo sua vontade” (Hb 2.1-3).
Concessão do Espírito Santo
Outro componente fundacional do ministério dos doze após a ressurreição de Cristo foi incluir samaritanos, gentios e seguidores de João Batista na igreja cristã, a qual, em seu início, era totalmente judaica. Esta inclusão era representada externamente pela concessão a estes grupos da mesma experiência que os apóstolos tiveram em Jerusalém no dia de Pentecostes. Veja Felipe em Samaria solicitando a presença dos apóstolos (At 8-14-16) para tal ato; a casa de Cornélio, durante pregação de Pedro com os gentios (At 10.44-47; 11.15-18); e com o apóstolos Paulo com os discípulos de João Batista (At 19.1-7).
A liderança da igreja de Jerusalém
Fazia parte da missão dos doze, após a ressurreição de Jesus, liderar a igreja em Jerusalém em sua fase inicial. Ela se tornou o centro geográfico do movimento incipiente da igreja cristã. Os doze tinham sede lá e de lá saíam para o trabalho missionário, como Pedro (cf At 9.32). Jerusalém parece ter sido a sede deles durante um bom tempo. De lá enviaram Pedro e João para conhecer o trabalho em Samaria (At 8.14-15). Foi para lá que Barnabé levou Saulo de Tarso, três anos após sua conversão, para apresentá-lo aos doze (At 9.27-28), episódio que Paulo mais tarde citaria em sua carta aos Gálatas (Gl 1.18-19).
A seguir: Por que as características apresentadas até agora são importantes nos dias de hoje?
Texto retirado no livro: Apóstolos - Verdade bíblica sobre o assunto de Augustus Nicodemus Lopes.
Qual foi a missão dos 12 antes da ressurreição de Jesus? - Livro Apóstolos
"Chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos" (Mc. 6.7)
O estabelecimento dos doze e de sua missão não aconteceu em um único evento, mas em duas etapas, separadas entre si pela ressurreição de Jesus Cristo. A determinação do número doze, a escolha dos nomes e os contornos de sua missão inicial foram dados pelo próprio Jesus já antes de sua ressurreição. Todavia, foi o Cristo ressurreto quem estabeleceu, de forma definitiva, a missão dos doze, que seria a de dar testemunho da ressurreição e anunciar esta boa notícia a toda criatura. Desta feita, a pregação apostólica deveria ser estendida ao mundo todo, e não somente aos judeus, como antes da ressurreição, e assim lançar os fundamentos da igreja de Cristo entre todas as nações.
O estabelecimento dos doze e de sua missão não aconteceu em um único evento, mas em duas etapas, separadas entre si pela ressurreição de Jesus Cristo. A determinação do número doze, a escolha dos nomes e os contornos de sua missão inicial foram dados pelo próprio Jesus já antes de sua ressurreição. Todavia, foi o Cristo ressurreto quem estabeleceu, de forma definitiva, a missão dos doze, que seria a de dar testemunho da ressurreição e anunciar esta boa notícia a toda criatura. Desta feita, a pregação apostólica deveria ser estendida ao mundo todo, e não somente aos judeus, como antes da ressurreição, e assim lançar os fundamentos da igreja de Cristo entre todas as nações.
A missão antes da ressurreição encontra-se registrados nos três Sinóticos (Mt 10.5-42; Mc 6.7-11; Lc 9.1-6). Em linhas gerais, a missão consistia em jornadas de pregação nas vilas e povoados de judeus na Galileia. Esta missão em muito se assemelha ao papel dos antigos profetas de Israel, quem eram enviados por Deus para falar ao povo das cidades dos reinos do Norte e do Sul. Uma diferença é que Jesus os enviou de dois em dois. Eles deveriam evitar as regiões habitadas por gentios e samaritanos (Mt 10.5-6; Mc 6.7; Lc 9.2). A mensagem a ser pregada era a proximidade do reino dos céus, e a chamada para que todos se arrependessem de seus pecados (Mt 10.7; Mc 6.12). Ao mesmo tempo, os apóstolos receberam autoridade para ressuscitar mortos, purificar leprosos, expelir demônios e curar os doentes, ungindo-os com óleo (Mt 10.8; Mc 6.12; Lc 9.2). Era preciso cuidado para não dar aparência de que estavam fazendo aquelas coisas por dinheiro ou salário, o que poderia comprometer a missão. Assim, não deveriam cobrar nada das pessoas que fossem beneficiadas pela mensagem e pelos poderes extraordinários.
Eles deveriam depender totalmente da boa vontade e da caridade dos que desejavam abrigá-los (Mt 10.8-10; Mc 6.8-10; Lc 9.3-4). Os que rejeitassem a mensagem deles iriam incorrer em juízo mais severo do que as cidade de Sodoma e Gomorra, no dia do juízo, aspecto que identifica os doze como enviados autorizados de Jesus Cristo, o Filho de Deus(Mt 10.14-15; Mc 6.11; Lc 9.5). Quando presos, deveriam confiar que o Espirito Santo lhes haveria de prover palavras de testemunho diante dos governante e reis (Mt 10.16-23). Como enviados de Jesus, eles vão experimentar a rejeição dos homens da mesma forma que Jesus experimentou (Mt 10.24-31). Os que ficarem firmes e confessarem o nome de Jesus diante dos homens, receberão como recompensa a aceitação de Deus Pai na glória, diante dos anjos (Mt 10.32-33). Quem os receber, recebe a Jesus, por extensão, a Deus, que enviou Jesus (Mt 10.40-42).
Marcos e Lucas nos dizem que os apóstolos voltaram à presença de Jesus e deram um relato da missão após o seu término (Mc 6.30; Lc 9.10). A missão dos doze na Galileia estabeleceu, desta forma, os contornos da futura função de apóstolos na igreja nascente.
A seguir qual foi a missão dos 12 após a ressurreição de Jesus?
Texto retirado no livro: Apóstolos - Verdade bíblica sobre o assunto de Augustus Nicodemus Lopes.
Por que a escolha do número 12 para os Apóstolos? - Livro Apóstolos
"E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me
seguistes, quando, na regeneração, o Filho do
homem se assentar no trono da sua glória, também vos
assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze
tribos de Israel." (Mt 19.28)
Ao que parece Jesus foi aos poucos chamando alguns de seus discípulos (Mt 4.18-22, Mt 9.9, Jo 1.43-51) para mais perto de si até que finalmente estabeleceu como “os doze”. De acordo com o relato de Lucas, a escolha, chamada e designação deles como Apóstolos, aconteceu numa mesma ocasião, após Jesus ter passado a noite em oração (Lc 6.13).
Fazer parte dos doze significava ter sido chamado pessoalmente por Jesus para estar como ele diariamente em seu ministério itinerante pela Galileia e Judeia, ter recebido autoridade e poder para realizar sinais e prodígios, expulsar demônios em seu nome, pregar a proximidade do Reino dos Céus e representar Jesus como enviado dele para anúncio desta mensagem. Ao final, o critério maior para escolha parece ter sido a decisão pessoal de Jesus, conforme Marcos nos diz, “[Jesus] subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis (Mc 3.13)”.
Os doze representam o novo Israel (Mt 19.28, Lc 22.30), sendo a contraparte dos doze patriarcas da nação, representado pelas doze tribos de Israel (doze filhos de Jacó). No relato que Lucas nos dá da última Ceia, Jesus se pôs à mesa com os apóstolos (Lc 22.14) e parece que a razão pela qual somente eles foram, se evidencia pelo que se seguiu. O Senhor diante deles estabelece a nova aliança, em contraste com a antiga feita com Israel (Lc 22.20), estabelece o sacramento da Ceia em substituição à Páscoa (Lc 22.19-20), confia a eles o Reino de Deus (Lc 22.29) e lhes promete o assentar-se em tronos para julgar as doze tribos de Israel no seu reino vindouro (Lc 22.30). O Papel dos doze fica claro aqui. A eles o Senhor Jesus encarregou a tarefa de transição da antiga aliança para a nova, do antigo Israel para a igreja de Cristo, o Israel espiritual, onde eles haveriam de figurar como os doze patriarcas em relação ao Israel terreno.
A seguir qual foi a missão dos 12?
Esta é a razão pela qual os apóstolos se sentiram na obrigação de completar o número de doze, após a traição e morte de Judas Iscariotes (At 1.21). A escolha não foi ao acaso e deveria ser entre aqueles que acompanharam Jesus durante Seu ministério terreno, desde o batismo de João até a sua ascensão, e que tinha sido testemunha da Sua ressurreição dentre os mortos (At 1.21-22).
Isso mostra que o número era simbólico e representativo e que 12 deveria ser completo.
Isso mostra que o número era simbólico e representativo e que 12 deveria ser completo.
A seguir qual foi a missão dos 12?
Texto retirado no livro: Apóstolos - Verdade bíblica sobre o assunto de Augustus Nicodemus Lopes.
Apóstolo é um enviado? - Livro Apóstolos
Todos os que são enviados por Deus, ou acreditam que
são, podem denominar-se apóstolos?
Pelo menos em seu sentido básico na tradução direta do Grego este é o significado. Mas apenas a tradução direta não serve como base para afirmar que um enviado é um apóstolo, com a mesma missão dos 12 chamados por Jesus. Embora a palavra fosse conhecida, e pouco usada no mundo grego, nenhuma delas é utilizada da maneira como o Novo Testamento utiliza, pois lhes falta o componente de enviado com autoridade e com poderes de representação. Esse é o significado utilizado no Novo Testamento. Podemos afirmar que o conceito de apóstolo, da maneira como é utilizada no Novo Testamento, tem origem em Jesus (lucas 6.13).
O próprio Jesus estava familiarizado com o termo e o mais provável é que utilizou com base no Antigo Testamento. Os reis de Israel costumavam enviar súditos como representantes legais (Josafá em 2Cr 17.7-9, Davi em 1Sm 25.40-41). Os “enviados” de um rei eram considerados como o rei em pessoa, a ponto de as ofensas feitas a eles eram consideradas como ofensas feitas ao próprio rei. Os profetas no antigo testamento eram também considerados como enviados de Deus, autorizados a falar em nome dele (Isaias Is 6.1-10, Jeremias Jr 1.4-10, Ezequiel Ez 2.1-3.10).
O próprio apóstolo Paulo vê seu chamado como uma continuidade do ministério dos profetas do Antigo Testamento (Rm 1.1-7). Ao designar seus apóstolos Jesus parece tê-lo feito nos moldes do chamado e da missão dos antigos profetas de Israel. Escutá-los era escutar a Deus, recusá-los era recusar a Deus.
É aqui que encontramos o fundamento para o argumento de que os apóstolos foram os sucessores dos profetas como canais de revelação de Deus e não apenas enviados no sentido direto da tradução.
Apóstolo é um enviado? Na tradução direta sim, mas na sua representação essa tradução somente reduz seu significado no Novo Testamento.
Então todos os que são enviados por Deus, ou acreditam que são, podem denominar-se apóstolos? Não, pois seu significado é muito maior do que apenas o de enviado.
Texto baseado/retirado no livro: Apóstolos - Verdade bíblica sobre o assunto de Augustus Nicodemus Lopes.
Então todos os que são enviados por Deus, ou acreditam que são, podem denominar-se apóstolos? Não, pois seu significado é muito maior do que apenas o de enviado.
Texto baseado/retirado no livro: Apóstolos - Verdade bíblica sobre o assunto de Augustus Nicodemus Lopes.
Apóstolos: verdades bíblicas sobre o apostolado.
Ponto de partida para as postagens aqui publicadas é o excelente livro de Augustus Nicodemus Lopes sobre Apóstolos: "Apóstolos: verdades bíblicas sobre o apostolado."
Pode pode ser adquirido através do site: http://www.ministeriofiel.com.br/apostolos/
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