"E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me
seguistes, quando, na regeneração, o Filho do
homem se assentar no trono da sua glória, também vos
assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze
tribos de Israel." (Mt 19.28)
Ao que parece Jesus foi aos poucos chamando alguns de seus discípulos (Mt 4.18-22, Mt 9.9, Jo 1.43-51) para mais perto de si até que finalmente estabeleceu como “os doze”. De acordo com o relato de Lucas, a escolha, chamada e designação deles como Apóstolos, aconteceu numa mesma ocasião, após Jesus ter passado a noite em oração (Lc 6.13).
Fazer parte dos doze significava ter sido chamado pessoalmente por Jesus para estar como ele diariamente em seu ministério itinerante pela Galileia e Judeia, ter recebido autoridade e poder para realizar sinais e prodígios, expulsar demônios em seu nome, pregar a proximidade do Reino dos Céus e representar Jesus como enviado dele para anúncio desta mensagem. Ao final, o critério maior para escolha parece ter sido a decisão pessoal de Jesus, conforme Marcos nos diz, “[Jesus] subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis (Mc 3.13)”.
Os doze representam o novo Israel (Mt 19.28, Lc 22.30), sendo a contraparte dos doze patriarcas da nação, representado pelas doze tribos de Israel (doze filhos de Jacó). No relato que Lucas nos dá da última Ceia, Jesus se pôs à mesa com os apóstolos (Lc 22.14) e parece que a razão pela qual somente eles foram, se evidencia pelo que se seguiu. O Senhor diante deles estabelece a nova aliança, em contraste com a antiga feita com Israel (Lc 22.20), estabelece o sacramento da Ceia em substituição à Páscoa (Lc 22.19-20), confia a eles o Reino de Deus (Lc 22.29) e lhes promete o assentar-se em tronos para julgar as doze tribos de Israel no seu reino vindouro (Lc 22.30). O Papel dos doze fica claro aqui. A eles o Senhor Jesus encarregou a tarefa de transição da antiga aliança para a nova, do antigo Israel para a igreja de Cristo, o Israel espiritual, onde eles haveriam de figurar como os doze patriarcas em relação ao Israel terreno.
A seguir qual foi a missão dos 12?
Esta é a razão pela qual os apóstolos se sentiram na obrigação de completar o número de doze, após a traição e morte de Judas Iscariotes (At 1.21). A escolha não foi ao acaso e deveria ser entre aqueles que acompanharam Jesus durante Seu ministério terreno, desde o batismo de João até a sua ascensão, e que tinha sido testemunha da Sua ressurreição dentre os mortos (At 1.21-22).
Isso mostra que o número era simbólico e representativo e que 12 deveria ser completo.
Isso mostra que o número era simbólico e representativo e que 12 deveria ser completo.
A seguir qual foi a missão dos 12?
Texto retirado no livro: Apóstolos - Verdade bíblica sobre o assunto de Augustus Nicodemus Lopes.
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